Por que os investimentos em tecnologia geotérmica estão aumentando

A tecnologia geotérmica consolidou-se no mercado das energias renováveis, com um futuro projetado que supera outras soluções ‘verdes’ pela sua maior segurança, eficiência e vida útil. Assim, a energia Geotermia Guimarães e noutros concelhos peninsulares está em ascensão, com um número de centrais ativas que cresce ano após ano e promete duplicar na próxima década.

Espanha e Portugal não são casos isolados em termos de perspectivas de crescimento da energia geotérmica. Segundo o Conselho Europeu de Energia Geotérmica (EGEC), o interesse nesta tecnologia também aumentará no Japão, Quénia, Estados Unidos, Indonésia e outros mercados.

Na busca por novas formas de gerar eletricidade a partir de recursos naturais, o calor armazenado abaixo da superfície da Terra apresenta-se como uma solução atraente.

A luta climática e a necessidade de redução da pegada de carbono apoiam a criação de centrais geotérmicas em detrimento das termelétricas tradicionais. A razão é simples: embora estes necessitem do carvão e de outros combustíveis fósseis para funcionar, são alimentados pela energia contida no subsolo, uma fonte limpa, acessível e inesgotável.

Além disso, a durabilidade das usinas geotérmicas supera as termelétricas, tanto em escala industrial quanto doméstica. Na verdade, a vida útil dessas usinas gira em torno de cem anos, superando em muito os sistemas utilizados até hoje.

Em residências e edifícios residenciais, a energia geotérmica é sinônimo de segurança. E o funcionamento de suas plantas e dispositivos não envolve nenhum tipo de combustão, portanto o risco de incêndio é quase zero.

A disponibilidade de energia geotérmica também justifica o aumento dos investimentos relacionados. As reservas geotérmicas são verdadeiramente abundantes no planeta Terra e podem ser acessadas com relativa facilidade. Estima-se que a temperatura aumente três graus a cada cem metros de profundidade.